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1 - Identidade & Introdução

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Mensagem por Ibuky Qui maio 14, 2009 10:43 pm

Título: Vapor de Vidro
Anime(s): ORIGINAL
Gênero: Yaoi, Lemon, Drama, Romance, Violência.
Censura: + 18
Status: Terminada
Preview: Sabe quando você se apaixona por alguém que não deveria? Esse foi meu erro.

****************
1 - Identidade & Introdução 6o2azc

Há alguns anos eu comecei a trabalhar em um restaurante de comida típica chinesa, era janeiro, fui contratado apenas por ter olhos e cabelo castanhos – meu concorrente era loiro de olhos azuis, tive a sorte de meus patrões serem extremamente tradicionais. Juntei dinheiro por 8 meses e, como completei 18 anos em novembro, fui morar sozinho.

Até aqui o leitor deve ter notado que eu tinha uma vida igual a de qualquer adolescente que sai da casa dos pais. Pois o problema se iniciaria em dezembro do mesmo ano, acho que eu era ingênuo de mais...

Era 31 de dezembro, haviam fechado o restaurante e feito uma festa de virada de ano apenas para os funcionários e alguns clientes importantes. O local estava um tanto cheio pela presença de parentes dos convidados – meus pais haviam viajado, então acabei indo sozinho – e eu fui designado para trabalhar na cozinha até 21:00, quando seria iniciado o banquete... Quando digo ‘banquete’, é o sentido literal da palavra, só lembro de ter visto tanta comida em uma festa quando fui ao aniversário de um dos meus tios, que convidara cerca de 80 pessoas para a festa, mas isso não vem ao caso.

- Victor! O que está fazendo!? – a voz do cozinheiro chefe me fez voltar ao que estava fazendo: Cozinhando uma galinha ainda com as penas.
- Ah! – levantei a galinha ainda penosa de dentro da panela e a coloquei do lado do fogão – Me desculpe! Eu...
- Tudo bem, eu dou um jeito nas penas. O patrão quer dar uma palavra com você na sala dele.

A última frase me deixou um tanto confuso, mas agradeci e me dirigi até a porta da cozinha e fui diretamente para o escritório do Sr. Matsuda – sim, apesar de ter sobrenome japonês, dirigia um restaurante chinês, vá entender.

- Com licença – bati na porta semi-aberta com a porta do dedo indicador.
- Pode entrar, Victor!

Matsuda era um típico asiático magro e de cabelos e olhos negros, postou-se de pé diante de mim e me cumprimentou de forma simpática; era uma das poucas pessoas que me pareciam ser simpáticas naquele local.

- É bom te rever neste final de ano próspero, meu rapaz! – Matsuda sentou-se e apontou a cadeira a sua frente para mim – Sente-se!
- Obrigado – sentei obedecendo os eu pedido – Queria me falar algo?
- Oh, sim, é que meu filho, Tasuku, está aqui hoje em visita, e ele se mostrou bastante interessado em seus quadros que estão pendurados pelo restaurante. Se fosse possível, ele gostaria de conversar um pouco com você sobre as obras.

Esqueci de mencionar que além de eu ser cozinheiro, eu também pintava. Era um passatempo simples, mas o Velho Japonês começou a comprá-los de mim e forrou as paredes do estabelecimento com as obras.

- É claro. Assim que eu terminar meu turno eu...
- Não será necessário, eu te libero, pode ir se divertir um pouco na festa. – Matsuda sorriu e continuou – Tasuku deve estar na adega, conhecendo bem o pé de cana que meu filho é.

Agradeci com uma pequena reverência e me retirei da sala. Era estranho, apesar de ser simpático, nunca o vi liberar alguém do trabalho, o filho dele deveria estar realmente interessado nas obras. Como ele observara, Tasuku realmente estava na adega, saboreando lentamente um taça de vinho tinto que ele mesmo trouxera para o local.

- Boa noite. – Disse após alguns segundos sendo ignorado
- Boa noite. - o rapaz olhou diretamente nos meus olhos, um olhar... Malicioso seria a palavra. – O que deseja?
- Queria saber se é o senhor Tasuku Matsuda.
- Em pessoal, e quem devo a honra? – Tasuku mantinha um tom de voz elegante e, se era possível, arrogante ao mesmo tempo.
- Victor, o autor dos quadros.

É incrível como alguns homens conseguem mudar totalmente a sua posição dependendo de qual argumento você usa, no caso dele, se tornou simpático e educado no mesmo segundo que ouviu a palavra ‘quadros’.
Conversamos boa parte da noite, aliás, muito mais do que eu jamais conversara com algum estranho. A festa acabou cerca de 01:00 com uma queima de fogos particularmente bonita, depois do espetáculo, Tasuku me levou para um pub onde ficamos até 09:00 do dia seguinte.

- Victor, gostaria de ficar aqui por mais um tempo conversando com você – o rosto de Tasuku já estava bem vermelho, como a maioria dos asiáticos fica depois de estar mamado – Mas tenho que ir, não quero perder minha vaga no hotel. Tome – ele estendeu um pedaço de papel-cartão dobrado - o cartão do hotel. Procure-me a partir das 18:00 hoje, ok?

Fiz um sinal positivo com a cabeça e ele se levantou, cambaleou um pouco, mas logo recobrou a linha e conseguiu andar normalmente até um taxista que estava na frente do pub. Esperei um pouco, olhando para o copo de cerveja vazio que ele deixara sobre o balcão, até ser expulso do local pelo barman, que alegava que eu não estava consumindo nada e, consequentemente, não poderia ficar ali.

- Em que hotel ele está? – retirei o papel-cartão totalmente amassado do meu bolso

Hotel Mavellus – cinco estrelas

R. Dante Ironbell – 5047

Logo perceberia que Tasuku era um homem bastante abastado. Fui andando até a minha casa – não lembro exatamente do que aconteceu pelo caminho, só de um carro buzinando e alguém gritando “Sai da frente!! Quer morrer, bebum desgraçado?!”.
Dormi das 10:00 as 16:00 pelo que me lembro, e acordei com uma dor de cabeça devastadora que me obrigou a tomar uma ducha gelada. Lembrei do pedido de Tasuku, para visitá-lo, e tratei de me arrumar e seguir para o endereço do tal hotel.

- Boa noite – a recepção do hotel era quase do tamanho do meu apartamento inteiro – Queria saber em qual quarto se encontra o senhor Tasuku Matsuda.
- Qual os eu nome?
- Victor Delacroix.
- Pode subir, é o 7º andar, quarto 063 – concluiu a recepcionista depois de verificar uma pequena lista.

Subi pelo elevador até o tal 7º andar e apertei a campainha do quarto 063, fui recebido por um Tasuku equipado com um saco de gelo na testa.

- Entre, por favor... Fique a vontade, eu vou tocar o gelo.

Concordei com um murmuro e aguardei alguns minutos na sala,a te ele ressurgir na porta com um saco de gelo mais estufado que o primeiro.

- Ressaca? – ri ao ver o rosto dele se contrair com o toque frio do saco
- Sim... Asiáticos são mais fracos para bebidas... Bem, vamos direto ao assunto/; Quero lhe fazer uma proposta.

Eu fiquei quieto, um pouco surpreso pelas palavras de Tasuku, mas continuei a olhar nos seus olhos.


- Quero que venha ao Japão comigo.
- Como?! – Eu exclamei ao mesmo tempo em que ele terminou a frase, os olhos dele voltaram a ficar com ar de malícia.
- Foi o que eu disse: venha ao Japão comigo. Quero você como decorador da minha casa de banhos!
- Casa de banhos? Decorador? – eu estava definitivamente confuso, na verdade, até hoje...
- Exatamente! Seus quadros serão perfeitos para o ambiente, e estou te contratando. Meu pai lamentou perder um ótimo cozinheiro, mas...

Eu me perdi no tempo por um momento, comecei a avaliar a proposta que Tasuku me deu. De fato, meu sonho seria me tornar um desenhista ou pintor conhecido.

- Mas, eu não tenho parentes lá e...
- Não se preocupe com instalações, meu caro. Você terá um apartamento na minha casa de banhos em quanto trabalhar lá, e você será assalariado.

Os leitores já devem imaginar que não consegui me conter em aceitar a proposta depois que soube disso, parecia utopia demais, mas era real.

- Eu... Eu aceito a sua proposta então.
- Ótimo. É claro que você não terá custos para se locomover até lá. – Tasuku se dirigiu até uma escrivaninha tirou um envelope de dentro da mesma – A passagem está aqui, você só precisa tirar seu passaporte. O Vôo será daqui a 2 dias, certo?
- Ok. Aliás, onde fica sua Casa de Banhos?
- Fica em Kyoto, na província de Honshu.

Depois deste evento conversamos mais um pouco, mas Tasuku teve de arrumar sua bagagem e se retirar do hotel, pois viajaria naquela noite de volta ao Japão. É inexplicavelmente incrível como em menos de 24 horas ele ganhou minha total confiança e ainda contribuiu para um impulso incrível na minha carreira, que seria inversamente proporcional ao da minha vida... Ah, se eu soubesse disso naquela época.
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